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sexta-feira, janeiro 30, 2004

Tem horas que eu gosto de me torturar:

Olfato: incenso de vanilla;
Audição: Supreme Beigns of Leisure - Never the Same;
Paladar: chocolate branco;
Visão: suas fotos;
Tato: um frio e insensível teclado.

DareDevil, sempre dela, às 17:45

quinta-feira, janeiro 29, 2004

Eles jamais se viram. Entre eles, há sempre um teclado, um monitor e milhares de quilômetros de fios. Não são do mesmo bairro, nem da mesma cidade, do mesmo estado ou do mesmo país. Não são do mesmo continente, nem mesmo do mesmo hemisfério. Se amam sem mesmo nunca terem se tocado.

Cada um tem (tinha) sua própria vida bem delineada e programada. Projetos de felicidade. Vidas tranquilas e bem projetadas, mas agora vem aquela sensação de que faltou o bolo da festa. Estavam confortavelmente acomodados, talvez. Talvez faltasse a paixão. Talvez não faltasse nada. Nunca saberão.

Mas eles continuam assim, se amando com letras e pensamentos, linhas e entrelinhas. Sabem que o outro sempre estará lá, para dividir tristezas e multiplicar aqueles sorrisos dados sem que se note. A vida continuou complicada, mas sempre que podem se acariciam com palavras. Palavras de amor, de amizade, de tesão, de esperança.

Ele tem o Sol, ela é a Lua. Revelaram um ao outro segredos inconfessáveis. Giravam cada um em sua órbita particular até que se encontraram. Eclipse total. Alinhamento perfeito de planetas, regentes e estrelas. Eles tem signos que se completam: é o amor perfeito descrito pela astrologia.

Algum dia ainda se encontrarão. Olhos nos olhos. Não se sabe ainda como será, muito menos quando. As previsões mudaram um pouco de uns tempos pra cá. Mesmo que seja a distância, ele precisa vê-la. Necessita dela. Ele sabe que não continuar seu caminho sem olhar, mesmo que uma única vez, em seus olhos. Talvez se abracem, como se fossem velhos amigos. Uma desculpa qualquer será inventada depois. E naquele abraço estará a vontade de uma vida inteira juntos, irá conter um amor maior que toda a distância e circunstâncias que os separam.

Ah, mas se puderem, se beijarão, e muito. Sentirão enfim os 5 sentidos básicos. Poderão se olhar nos olhos. Sentir o cheiro um do outro. Seus corpos irão se encontrar e ter a certeza de que não foi um sonho. Vão trocar juras de amor, as mesmas juras já feitas com todos os pontos de exclamação e reticências que eles merecem. E sentirão, enfim, o gosto de suas bocas, misturados talvez com algumas lágrimas de felicidade. E ela sabe, e ele sabe, depois disso eles vão querer mais. Mais visão, audição e olfato. Muito mais tato e paladar. Sentem que são pólos opostos de um ímã poderoso. Não conseguirão se afastar.

Se por algum motivo não puderem se falar, ele sabe que mesmo assim ela irá sorrir, e colocar a cabeça um pouco de lado como ele acha que ela faz. Ela sabe que ele estará com aquela carinha de moleque, os olhos brilhando. Alguém vai morder o lábio. Irão procurar rotas de fuga. Conversas telepaticas inundarão o ambiente.

Mas mesmo se não conseguirem nada disso, continuarão a se amar. Sem restrições. Amor-bom, realidade inventada. Eles tem a certeza que a procura terminou, mas precisam continuar suas vidas. Pelo menos por enquanto, os eclipses acontecem apenas na frente do monitor.

DareDevil, sempre dela, às 15:25

quarta-feira, janeiro 28, 2004

Já li em algum livro do Paulo Coelho que essa tal voz interna é a nossa segunda mente. É uma consciência que nunca fica quieta, mesmo que usemos toda a força de nossos pulmões gritando para ela se calar. Sabe quando a gente fica com uma música na cabeça o dia inteiro? Conversamos, trabalhamos, ocupamos nossa mente com outros assuntos mas, vira e mexe, tá lá aquela musiquinha tocando sem trégua. Quando é uma música que gostamos até que não incomoda tanto, mas quando é aquela música que não suportamos, fica realmente difícil. E você sabe que a minha segunda mente adora Air? Culpa sua. Ainda bem.

E é assim com certos pensamentos e sensações também. Mas tem horas que sinto que minha segunda mente entra em colapso, e isso provoca um vazio imenso. É como um buraco muito fundo, que fico tentando tapar com minhas bobagens do dia-a-dia. Jogo lá dentro minhas preocupações do trabalho, algumas músicas baixadas na net, planos para o futuro a curto, médio e longo prazo. Mas nada disso adianta, porque o vazio continua lá. Um buraco negro que absorve todo pensamento que se atreve a chegar perto.

Pra quem gosta de ser intenso e reaprendeu a viver assim, esse vazio é realmente monótono como a Lua Miguante, porque sempre preferi a Lua Crescente. Fico agachado na beirada desse abismo colossal me perguntando, afinal, com que que eu quero preenchê-lo. Pouquíssimas coisas nessa vida poderiam ser maior do que esse vazio, e eu sei muito bem quais são. Poderia enumerá-las nos dedos de uma só mão.

É interessante porque eu fico jogando pequenas doses dessas coisas nesse buraco negro e fico vendo o impacto que elas causam. Quando algumas dessas coisas bate lá no fundo desse poço, é como se surgisse no ar um redemoinho purpurinado, brilhante e perfumado, que preenche todo esse vazio e ainda envolve todo o meu corpo. Por alguns instantes eu fecho os olhos para guardar essa imagem mágica na minha mente, para só depois olhar novamente para a névoa e ver que ela vai se dissipando aos poucos.

De maneira alguma isso é ruim pra mim, muito pelo contrário. É um sentimento bom e de qualquer forma, eu consigo preencher minha alma por alguns instantes. E sempre depois disso eu dou um daqueles meus sorrisos de moleque que quer aprontar alguma arte. A vontade que me dá é de jogar de uma só vez todas essas coisas no buraco, pra ver o tamanho da explosão de luz que isso causaria. Preencher de uma só vez todo esse vazio.

Mas com o resto de consciência que ainda me resta, me afasto do abismo para procurar alguma coisa interessante para jogar lá dentro, sem causar tanto impacto, e penso que escrever seja uma boa opção. Nunca fui de expressar meus sentimentos dessa forma, e sei que ainda tenho muito a aprender. Aprimorar o instinto, a sensibilidade e as palavras. Seguir uma linha de raciocínio nem sempre tão lógica. E tentar, na medida do possível, não editar o que escrevo, mesmo que seja um daqueles escritos secretos. Não foi assim que prometi? Assim, resta a você tentar me seguir por essas entrelinhas tortas. De qualquer forma, o que escrevo não é para que o mundo leia. É só para nós dois.

"Nós dois"... Isso soa tão gostoso nos meus ouvidos, sabia? E por um momento, aquele buraco negro finalmente deixa de existir.

DareDevil, sempre dela, às 16:36

terça-feira, janeiro 27, 2004

Hoje me parece ser um daqueles dias de outono que passam devagar, quando o tempo parece suspenso no ar e se torna quase palpável. A chuva que cai incessantemente desde ontem de certa forma me alegra, e sempre foi assim, uma paixão incondicional pela chuva. Aliás, por qualquer barulho de água, seja chuva, cachoeira, mar, rio ou até mesmo um chuveiro quentinho.

Penso agora que algumas coisas são assim mesmo. Amores incondicionais, que não sabemos de onde veio nem qual o caminho que vão tomar. Ademais, quem é que pode conhecer todos os caminhos de um coração? Bem que os poetas tentam explorar e mapear a geografia insana desse terreno chamado amor, mas salvo meia-dúzia de seres iluminados que fazem uma boa aproximação de certos devaneios da alma, quem é que pode precisar, mesmo em mil poemas, todo sentimento contido em um olhar vago de saudade? Qual ser humano consegue expressar com exatidão todo o poder mágico contido numa simples lágrima, daquelas vertidas não com desespero infundado, mas sim com consciência medida?

Estranho seria se eu não me apaixonasse por você, exatamente como diz a música. E te amo como tem que ser, como quem esquece completamente da vida simplesmente em pensar nos beijos prometidos. Te amo como criança que fecha os olhos e exala o perfume de um bolo de fubá com canela, com água na boca. Te amo nos detalhes e nos mistérios, no dito e no imaginado. Arrisco dizer mesmo em palavras gastas que te amo porque foste em minha alma como um amanhecer depois de uma noite de chuva. Dessa noite de chuva.

E chove mais agora. Muito mais, bem da maneira que eu gosto.

DareDevil, sempre dela, às 20:28

"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida"

(Clarice Lispector)

DareDevil, sempre dela, às 17:33

segunda-feira, janeiro 26, 2004

Tem dias que é difícil controlar o desejo. Por mais que eu tente eu não consigo afastar de mim pensamentos obscenos que só me dou ao luxo de ter com você. Não deveria ser assim, mas é, e não vou lutar contra isso. Não é certo e pode me machucar por tempo indeterminado mas é muito mais forte do que eu. Se for pra ser inteiro, que seja assim. Se tiver que doer, que dôa. Não me importo. Só sei que tem horas que não dá pra segurar.

É a tua boca que eu quero num beijo sem pressa. Sentir tua língua serpenteando maliciosa na minha boca enquanto esfrega teu corpo no meu. É o teu pescoço que eu quero morder levemente enquanto puxo seus cabelos com carinho. Nas tuas costas minhas mãos querem passear sem rumo. Sonho com as tuas pernas enroscadas no meu quadril, em movimentos ritmicos e sensuais. É a tua bunda que minhas mãos querem apertar firme e docemente enquanto controlo seu vai-e-vém.

É com você que eu quero fazer amor-sacanagem. Daquele jeito que a gente gosta. É o teu suor que eu quero sentir escorrendo no meu peito. É o gosto da tua saliva e do teu sexo que eu quero na minha boca. Com urgência e sem nenhuma pressa. Com tesão e amor. É com você que eu sonho, é você que eu desejo.

Te amo. Te quero. Sempre.

DareDevil, sempre dela, às 15:38

sexta-feira, janeiro 23, 2004

Ah sim, eu te mimaria demais. Vejo você lânguida, manhosa e preguiçosa me pedindo para que eu te traga alguma coisa pra comer. Cuidaria de você com todos os mimos e frescuras necessários.

Eu faria massagem nos pés todos os dias antes de dormir. Te faria leite com canela durante o inverno e sucos variados no verão. Cuidaria de você quando ficasse doente. Velaria teu sono. Te acordaria com beijos e carinhos. Levaria seu café na cama todas as manhãs.

Fingiria esquecer seu aniversário pela manhã, só pra te fazer uma serenata de noite.Espalharia centenas de pétalas de rosas no nosso quarto e cama. Num dia faria amor com você. No outro, faríamos sexo. Te levaria pra cama no colo quando você dormisse na sala. Escovaria seu cabelo e faria massagem nos seus ombros. Brincaria de procurar constelações nas sardas do teu peito. Me perderia por muito tempo somente olhando teus olhos e sorrindo. Dormiria enroscado nas suas pernas e nos seus cabelos.

Cuidaria do seu filho como se fosse meu. E teríamos outros filhos mais. Mas você não deixaria nunca de ser a minha princesa.

DareDevil, sempre dela, às 16:52

Penso que não existe amor infinito. Já dizia o mestre Vinícius que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja eterno enquanto dure. Mas acredito que existam amores e amores. Amores fúteis e amores complexos. Amores carnais e mentais. De alma e coração. Na falta de definições melhores, chamam todos de "amor". Que seja assim então, mas que se veja nas entrelinhas que tipo de amor estamos vivendo.

Amores tem prazo de validade. Existem alguns conservantes e acidulantes que podem ser adicionados ao amor para que dure um pouco mais, mas uma hora invariavelmente ele azeda. E então resta a nós torcer para que o gosto ácido que fica na boca não seja tão ruim assim. Vai que até acostumamos. Ou então resta a alternativa de sairmos buscando nas prateleiras da vida um novo amor. Mas um dia esse também azeda.

Já provei empiricamente essa teoria, e o mais engraçado é que eu me vi em uma progressão (regressão) aritmética de dar inveja a qualquer matemático de plantão. Meu primeiro amor durou cinco anos. O segundo, dois anos e meio. O terceiro, adivinhe só? Um ano e três meses. Cheguei a pensar que chegaria o dia em que eu amaria apenas por alguns dias, e depois por algumas horas. Teria amores instantâneos, do tipo amei-desamei. Sorte que não foi assim, porque amar apenas por alguns segundos não seria o bastante.

Não que o amor não possa durar uma vida toda. É preciso verificar a validades desses amores tidos como eternos. Alguns deles podem ter a validade maior do que a validade do nosso corpo carnal e aí sim, diz-se que o amor foi eterno. Não que o seja realmente, mas conseguiu perdurar por toda uma vida. Pode ter mudado suas propriedades de cor e sabor durante o percurso, mas não azedou, e isso é o que importa.

DareDevil, sempre dela, às 16:06

quinta-feira, janeiro 22, 2004

Sabe aquela sensação de leveza que a gente sente depois de fazer amor com quem se ama, sussurrando obscenidades gostosas no ouvido um do outro? É assim que eu me sinto agora. Extremamente leve. O coração vai demorar um pouco ainda até voltar ao seu ritmo habitual. E foram só palavras de carinho. "Só"? O que de mais importante poderia acontecer hoje na minha vida senão esse amor-bom expresso em palavras não ditas, mas que fluem desse sentimento tão gostoso?

Você me deixa assim. Solto. Flutuando. Com aquele leve sorriso no canto da boca. Você novamente voou e deixou pra trás um rastro da sua purpurina mágica. Elfa, é isso. Você é uma fada, só pode ser. Agora se fecho os olhos consigo ir agora pra qualquer lugar e sentir qualquer sensação que eu queira. Posso estar na varanda do nosso open concept loft sentindo aquele calorzinho gostoso de final de tarde, quase na hora da saudade. Ou sentir a água do mar me envolvendo no mergulho que demos juntos naquela prainha, depois de ficarmos um bom tempo sentindo aquele fiozinho de suor escorrendo pelas costas.

Tua mágica não tem fim. O amor-bom é maior do que qualquer distância ou dificuldade. Não é o bastante, sabemos disso, faltam coisas, o quebra-cabeças não fica completo. Mas, mesmo assim, é maravilhoso. Muito mais gostoso até do que bolo de cenoura, com cobertura quentinha de chocolate.

De novo você conseguiu, meu amor. Mais uma vez você me fez, simplesmente, feliz.

DareDevil, sempre dela, às 23:17

terça-feira, janeiro 20, 2004

A mente humana é mesmo divertida. Da mesma forma que algumas cenas ficam gravadas na nossa lembrança sem mesmo terem acontecido algum dia, eu não consigo me lembrar o que eu almocei ontem. E algumas dessas minhas lembranças do não-acontecido passam a fazer parte do meu dia-a-dia tão intensamente que eu já não sei o que é real e o que é inventado. Não consigo separar o que é alucinação de experiências de vidas passadas ou até mesmo de visões sobre o futuro.

Sempre quando chego ela está parada na janela, entreabrindo as cortinas brancas com pequenas listras verticais pretas, e olhando com certo interesse para fora. As paredes são de cor grafite escuto, e é difícil dizer se tem algum tipo de texturização ou é apenas um papel de parede. O sol invade preguiçosamente o quarto e envolve a minha amada num abraço quente e dourado. Apesar do sol, a paisagem é feita apenas de tons de cinza, como em um dia chuvoso. Mesmo sem olhar pra fora sei que existe uma trilha por entre a grama que leva a uma praia tranqüila, de areia fofa e água límpida.

Ela está descalça e vestida apenas com uma de minhas camisas. Por um momento recosta sua cabeça na vidraça e fica apoiada em apenas uma perna, enquanto o pé da outra perna acaricia a panturrilha da perna de apoio. Está cantarolando baixinho alguma música, mas eu não consigo descobrir qual é. Canta pra si mesma enquanto brinca com as pontas de seus cabelos. Quando percebe a minha presença, ela se vira e sorri, como sempre faz. Um sorriso doce e sincero, que só ela tem.

E essa lembrança vem apenas na forma de um teaser musical, com aquela música All I Need, do Air, tocando suavemente ao fundo. Pensando bem agora acho que era isso que você estava cantando baixinho. E mesmo tão longe e com o barulho forte das ondas batendo na praia, às vezes eu consigo escutar a melodia:

All in all there's something to give,
All in all there's something to do,
All in all there's something to live,
With you...

DareDevil, sempre dela, às 11:16

segunda-feira, janeiro 19, 2004

Essa é simplesmente a história de um amor-bom. Como tantos outros blogs, esse é o registro da minha realidade inventada. Mezzo inventada, mezzo verdadeira.

Não cabe agora dizer exatamente o que seja esse amor-bom. Meu amor-bom não tem definição precisa. Mas quero apenas que fique registrado nesse primeiro post que esse blog será feitos de fragmentos desse amor. Pequenos pedaços de pensamentos e sensações que gostaria de compartilhar, com outras pessoas que passam por situações semelhantes ou que, como eu, também são apaixonados também pela vida. Ou, quem sabe, tem um amor secreto e impossível.

Nem todos os posts seguem uma ordem cronológica clara. Alguns são edições de antigos e-mails que eu enviei para ela. Digo edições pois eu tento retirar minuciosamente toda e qualquer indicação sobre nós. Sem detalhes. É segredo, meu e dela. Nosso maior e mais gostoso segredo.

Mas que fique certo e claro que esse blog é em primeira e última instância, só e exclusivamente feito para ela. Minha Lua. Com todo o carinho que posso oferecer a alguém tão especial. Que me tocou de maneira tão profunda e deliciosa. E que mesmo à distância, transformou a minha vida.

DareDevil, sempre dela, às 16:12

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Algum dia
eu ainda te pego
cheia e linda
100% of full
100% of love
e giro na tua órbita
pra nunca mais
ver teu lado negro,
e iremos interferir
nas marés
e nos amores
desse mundo
tão complicado.

moon phases
 

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