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sexta-feira, maio 28, 2004

Do silêncio que comporta
surge brisa quase morta
que seca essa lágrima
de amor imperfeito

Do vazio que fecha a porta
vem a dor que me corta
em pequenos fragmentos
desse amor-bom

Ignoro minha fraqueza
e espalho esta certeza
como sempre tão incerta

A paz que eu preciso
mora no brilho impreciso
desse teu olhar indeciso.

DareDevil, sempre dela, às 18:28

quarta-feira, maio 26, 2004

From: "Escorpiano da Lua" < xxxxxx@xxxxxxxx.com >
To: "Lua do Escorpiano" < xxxxxxx@xxxxxxxxx.com >
Subject: Corda-bamba
Date: 26/12/2003 16:06:12

Tem horas que só a lembrança basta. O coração transborda de amor, a saudade gostosa do seu rosto e das suas palavras. Nessas horas a vida prossegue lenta como uma tarde ensolarada de outono, com um ventinho fresco batendo no rosto, deitado preguisosamente na grama vendo as folhas caírem. É sonhar com você sorrindo, deitada no meu peito, me contando histórias engraçadas de você e da sua família. A vida sem pressa.

Tem horas que a urgência toma conta. O sabor do vinho já não substitui sua saliva e o gosto ácido do teu sexo. Quando o amor-bom se transforma em amor-tesão, a vontade é de sentir você arranhando minhas costas e mordendo meus lábios sem medo de machucar. Conhecer e reconhecer os caminhos mais secretos do teu corpo, sentir cada saliência e cada reentrância sua. Meu sexo conhecendo o seu por dentro. É o gozar-junto que me faz fechar os olhos e te desejar cada vez mais. O desejo urgente.

E assim vou caminhando na corda banda. Com os olhos fechados, sinto minhas pernas tremerem no fino cordão de aço pendurado entre dois edifícios enormes. Nas mãos, uma longa vara de madeira me auxilia nesse precário equilíbrio. Pé ante pé. Um dia após o outro. O peito se aperta e vem a incerteza de não saber se esse cordão de aço tem dezenas, centenas ou milhares de metros a serem percorridos. Sei que tenho apenas 2 opções: aprender a me equilibrar ou cair. Prefiro aprender e continuar em frente. Voltar já não é mais uma opção.

DareDevil, sempre dela, às 19:10

sexta-feira, maio 21, 2004

Em dias de chuva assim tenho vontade de te respirar, inalar seus odores e humores, ser mais um dos teus amores. Quando chove dessa maneira, o brilho opaco dos meus olhos se perde em horizontes frios e desconhecidos, buscando uma explicação satisfatória, mas as respostas são sempre fragmentadas e surreais.

Quando a chuva cai eu fecho os olhos e deixo que ela me molhe por inteiro. Eu ando pelo meio da estrada e deixo os estilhaços da vidraça para trás. Ela não me prende mais, eu vou brincar na chuva. Vou correr e sorrir, sentir cada gota d'agua na minha pele. E quando eu finalmente abro os olhos a janela ainda está lá, mas tenho pedras nas mãos.

Hoje não está chovendo lá fora, Lua, mas eu te faço chover dentro de mim todos os dias. Só assim consigo matar essa saudade real dos teus abraços imaginários.

DareDevil, sempre dela, às 17:50

quarta-feira, maio 19, 2004

Verdadeiros poetas são aqueles que conseguem traduzir de forma simples o que as pessoas já sabiam, mas não conseguiam expressar. Com a Olívia, do Anjos de Prata, é assim. Olívia, perdôe-me, mas eu precisava postar essa tua carta aqui...

Carta ao Beija-Flor
Olívia

Beija-Flor,

E desde que parti, como flor, de teus beijos, estou febril. Em maio os dias são tão lindos, meu amor... o sol nos visita bonito, e o céu põe o seu vestido azul mais belo. E o vento traz cheiros de saudades.

E desde que parti, como flor, de teus beijos, eu sou medo. O gosto que mais sinto é o sal. E aguardo o milagre das milágrimas, as de Alice*. Não consigo mais, aos ouvidos de ninguém, balbuciar meus planos. Estou míope e não ponho mais a linha na agulha de costurar a vida em número par.

E desde que parti, como flor, de teus beijos, eu tropeço nas ruas, de tanto olhar estrelas gordas e fazer pedidos e promessas. Não ouço mais as nossas canções de amor. Nem as que você me apresentou, nem as que eu descobri. E hoje, eu sinto saudades do mar. Daquele mar.

E desde que parti, como flor, de teus beijos, eu resisto. Eu espero a fruta verde madurar, para oferecer-te doce, firme e saborosa. Num prato grande, com pétalas vermelhas.

E eu tenho desesperado algumas vezes. Sim, eu tenho. Porque a vida é muito mais terna quando as tuas mãos seguram as minhas. Mas o frio logo cessará.

E o resto, meu amor, eu não sei como dizer...

*"A cada milágrimas sai um milagre" (Alice Ruiz)

(A Olívia também pode ser lida no blog Meu Jardim)

DareDevil, sempre dela, às 17:29

terça-feira, maio 18, 2004

Eu viveria sem conforto
seria navio sem porto
sem rota pra seguir
nem data pra partir

Eu viveria muito bem sem dinheiro
meu cigarro não precisa de cinzeiro
nem me importo se o vinho é barato
muito menos se meu leito for grabato

Eu viveria bem sem destino
tirando qualquer nota do violino
vivendo em constante desatino

Mas te digo sem medo de errar
e tomo como testemunha o luar
que eu não viveria sem te amar

DareDevil, sempre dela, às 15:36

segunda-feira, maio 17, 2004

Às vezes tenho mais medo
do meu silêncio contemplativo
do que do teu silêncio decisivo.

Às vezes, só às vezes...

DareDevil, sempre dela, às 16:52

sexta-feira, maio 14, 2004

"Depois de algum tempo
você aprende a diferença
a sutil diferença
entre dar a mão
e acorrentar uma alma."

Willian Shakespeare

E te deixo minha mão estendida
porque só você tem todas as chaves
dos meus cadeados de nome
amor-bom.

Não, não são correntes
que me prendem a ti
e nem fantasias impossíveis.

É alguma coisa aqui dentro
que bate muito mais forte
quando minha alma
invoca a tua presença
imaginária.

Não, não estou acorrentado a ti
mas não reconheço mais
o improvável.

E alguma coisa em mim
sorri feito criança
quando a tua presença
imaginária
se torna real.

A alma é livre
mas meu amor
é teu...

DareDevil, sempre dela, às 16:26

terça-feira, maio 11, 2004

Tua presença dentro de mim já é fato. Não se trata de lembrança nem saudade, apesar de também ser. Não estamos falando de loucura ou imprudência, apesar de também ser. Sequer vou falar de desejo ou de amor, apesar de também ser. Mas é o fato em si da tua presença ser constante em mim que fascina e ilumina todos os momentos dos meus dias.

E quanto mais areia escorre dessa ampulheta diária, mais eu me pergunto por onde você andará. Se está bem. Se está feliz. Se você sorriu hoje. Se parou pra sentir o cheirinho do café ou se sonhou com Luas. Quais seriam hoje os pensamentos da menina-fada?

E eu que sei tanto, e sei tão pouco. Mas me basta imaginar que você está bem. Aí sim a tua presença já consumada dentro de mim também fica feliz. E eu, menino bobo e sonhador, posso dormir em paz.

(um brinde: esse é o post de número 100 deste blog. Cem pedaços de mim espalhados em linhas repetidas e palavras gastas. Cem fragmentos de amor-bom. Tim-tim, meu amor...)

DareDevil, sempre dela, às 17:35

segunda-feira, maio 10, 2004

"Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido..."

Tem dias que eu estou "nada". Em outros dias eu estou como os outros. E hoje, lendo o blog da Felicity me vi em um momento "Lulu Santos". Não, eu não gosto dele. Odeio, aliás. Mas que o cara manda bem, temos que reconhecer.

Enfim.

"Se amanhã na for nada disso
Caberá só a mim esquecer
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber"

Só você conhece meu rosto e só eu conheço tua voz, Lua. No nosso mundo não existe mais ninguém. É o nosso segredo mais bem guardado. E assim sempre será (ou não). Realmente, ninguém precisa saber. E se alguém descobrir algum dia, é porque não nos importamos mais com o mundo.

DareDevil, sempre dela, às 17:13

sábado, maio 08, 2004

Certas coisas são assim
tudo tem o seu preço
até o que não tem começo
nem muito menos fim

Não existe uma só prece
que apague essa paixão
e livre nosso coração
do amor que acontece

Eu tenho um amor perfeito
que torna meu ar rafefeito
com esse teu jeito de me olhar

E para isso não quero cura ou jeito
quero apenas você aqui no meu peito
dizendo que pra sempre vai me amar.

DareDevil, sempre dela, às 17:59

quinta-feira, maio 06, 2004

Tua ausência
é a essência
da minha saudade

Mas minha urgência
tem consciência
da nossa verdade

Quisera minha elouquência
não pensar na consequência
dos caminhos do destino

Não existe dolência
só quero a quintessência
do sentimento cristalino

Escancaro minha carência
nessa correspondência
que é nosso dossiê

E nessas reticências
te faço confidências
do meu amor por você.

DareDevil, sempre dela, às 17:04

quarta-feira, maio 05, 2004

O post abaixo não é de minha autoria. Uma menina "taurina" deixou esse bilhete debaixo da minha porta em um momento que eu precisava reciclar minhas forças (talvez uma das muitas coincidências improváveis que James Redfield cita no seu livro "A Profecia Celestina"). E como ontem foi dia de eclipse lunar, resolvi postá-lo hoje mesmo. Obrigado, "taurina". E aproveito para agradecer também a todos que vez ou outra passam por aqui deixando suas mensagens sinceras. Vocês bem sabem que esse blog é fruto de um amor-bom, mas mesmo sendo bom é um daqueles amores possíveis-impossíveis que acontecem em nossas vidas. E cada palavra deixada por quem me visita, faz com que surja no meu rosto um daqueles "sorrisos dados sem que se note". Amar, afinal, vale muito a pena.

"Vi o eclipse lunar
a sombra da Terra passar
Vi a manhã clarear
o dia começar
a vida seguir

Vi o céu chover
nuvens a escurecer
o mar chorar
a onda inundar,
a saudade apertar

Vi a tarde cair
o dia findar
o céu sem luar

Vi a noite se estender
a porta fechar
a lágrima molhar
a mentira calar
o sonho a enganar
a distância aumentar
o tempo esperar

Mas vi a estrada se abrir
a mão a alcançar
Coração a lutar
a viagem a voar
a felicidade buscar

E então vi o eclipse solar
e depois devagar
um novo dia a raiar
a Lua a iluminar
o Sol a esquentar
a Lua a enfeitar
O Sol a colorir

Vejo nós dois a sorrir
vida a unir
rosto a rosto tocar
destino cruzar
mil palavras a dizer
um ao outro conhecer

Vejo o amor vencer
o coração acelerar
olhos a brilhar
a emoção crescer
uma vida nova nascer

Vejo esperança de candura
vejo o infinito em formosura
vejo o eclipse do Sol e da Lua."

Taurina

DareDevil, sempre dela, às 17:45

terça-feira, maio 04, 2004

Busco teus lábios
nos meus alfarrábios
pornográficos

Deixo meus anseios
em teus seios
fotográficos

"Air" nos ouvidos
vinho nos sentidos
teu olhar joliz

Deita do meu lado
faz amor, faz pecado
vem brincar de ser feliz.

DareDevil, sempre dela, às 16:40

segunda-feira, maio 03, 2004

Perplexo,
sonho com
teu sexo
convexo,
que busca
em mim
um nexo
complexo.

Mas é desconexo
nosso reflexo
no espelho
circunflexo
que reflete
o amplexo
de nossas
almas.

DareDevil, sempre dela, às 15:08

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Algum dia
eu ainda te pego
cheia e linda
100% of full
100% of love
e giro na tua órbita
pra nunca mais
ver teu lado negro,
e iremos interferir
nas marés
e nos amores
desse mundo
tão complicado.

moon phases
 

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