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quarta-feira, setembro 29, 2004

O gosto da chuva
é tão amargo e tão vil
que nem mesmo minhas lágrimas
conseguem adoçar esse dilúvio
que escorre para dentro de mim

É escuro, e úmido, e triste
e dói as dores do impossível
quando me calo conformado
com incorformismo cego
porque te quero bem
bem demais para não ser assim

Dói como a dor infinita em mim
de esperar o que é interminável
nesse maravilhoso e abominável
amor que não tem fim

É só essa fina linha imaginária
que separa minha loucura imposta
do meu amor sem limites

Porque é tão difícil
te dizer simplesmente
adeus?

Porque não posso.
Porque não quero.
Porque te amo.

E porque
será que alguém pode me dizer
porque minhas palavras
nascem sem direção?

DareDevil, sempre dela, às 12:10

quarta-feira, setembro 15, 2004

Hoje vou fazer de conta
que o improvável
se tornou palpável
e que na indecifrável
roda da vida
essa ferida
sequer se abriu
e nem fluiu
em silêncio triste
apagando tudo que existe
de bom no amor.

Hoje vou viver fatos inconsumados
vou correr contigo pelos prados
vou sentir teu cheiro por todos os lados
e sorrir sem pressa
olhando na tua alma
vou te beijar com a calma
de quem descança na palma
transparente da mão de Deus

Hoje vou imaginar
que você não foi embora
que teu perfume continua presente
e que você ainda sente
um carinho especial
pelo teu menino teatral
que vê borboletas em teu olhar

Hoje vou te amar com bossa nova
e te dar toda prova
de amor que você pedir
só pra te fazer sorrir
no teu exílio conciliador

Hoje vou fazer de conta
só vou fazer de conta
que não quero chorar de amor.

(inspirado em algum texto, que não lembro mais qual, de Clarice...)

DareDevil, sempre dela, às 18:46

sexta-feira, setembro 10, 2004

Um dia você me disse
com tristeza nas palavras
que chegaria o dia
em que eu não te escreveria mais
que esse amor morreria em paz
e o tempo iria te apagar de mim

Mas minhas palavras, meu amor
ainda vivem desse teu sorriso
que brota como a mais bela flor
na minha imaginação fértil

Sim, Lua, eu te amo
entre aindas e sempres
com todas as letras
e palavras gastas
que eu possa usar

E hoje são os teus olhos
que não pousam mais em mim
da mesma forma que antes
pois o teu coração agora
tem um amor-muito-bom
que eu não ouso questionar

Mas algum dia hei de ver
brotar um brilho nos teus olhos
e um sorriso na tua alma
quando você me chamar
não mais de meu amor
mas sim de meu amigo.

(sabe quando algo
está preso na sua garganta
e você precisa expulsá-la
de qualquer forma?)

DareDevil, sempre dela, às 15:28

segunda-feira, setembro 06, 2004

Ele era só um escorpião
com seus mitos e venenos
mas se apaixonou pela Lua
com seus mares e dragões

A distância que os separava
era do tamanho de um sorriso
mas a saudade que ele sente agora
é maior do que um destino

E nesse deserto de sonhos
a realidade acontece quando
a Lua derrama sua luz tranquila
sobre o escorpião triste

Ele sorri novamente
porque acredita
que a sombra que se forma
é o amor dos dois
unidos eternamente
em desenhos imaginários.

DareDevil, sempre dela, às 17:34

sexta-feira, setembro 03, 2004

Essa noite sonhei
que tinha medo de morrer
pois não escutaria mais
o canto dos pássaros.

E acordei
me sentindo...
vivo.

DareDevil, sempre dela, às 15:20

quarta-feira, setembro 01, 2004

Você olha para seus castelos
construídos com tanto esmero
e gosta demais dessa sensação

Os dedos do sol entram preguiçosos
pela janela ondulada da cozinha
e dão um tom de tranquilidade

Lá fora os cães dormem tranquilos
sobre a grama que precisa de mais cuidados
e as árvores em flor sorriem sem pressa

Tudo é bucólico e insólito
do jeito que a vida deveria ser
como essa luta de morte
entre meu amor sem medidas
e nossa covardia invencível. (*)

(*) adaptado de Cem anos de Solidão - Gabriel Garcia Marquez

DareDevil, sempre dela, às 10:34

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Algum dia
eu ainda te pego
cheia e linda
100% of full
100% of love
e giro na tua órbita
pra nunca mais
ver teu lado negro,
e iremos interferir
nas marés
e nos amores
desse mundo
tão complicado.

moon phases
 

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