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quarta-feira, março 31, 2004

Lullaby
por um momento
vou violentar
teu pensamento
e levar de ti
teu tormento
com um juramento
de amor
etéreo
eterno

Lullaby
por um segundo
transforme o mundo
transmute a alma
transgrida a calma
acalme o corpo
tome vinho, Porto
com um sorriso
impreciso
indeciso

Lullaby
sinta tua pele
levanta teus braços
e dança devagar
a música vai te levar
a qualquer lugar
que você quiser
mesmo se não puder
estar, beijar e amar

Lullaby
me olha com vontade
ignora minha saudade
e não deixa eu te tocar
prossegue a bailar
e provocar
reações
tentações
tesões
no homem que te quer
menina e mulher

Lullaby
me envolve
me revolve
pega pra você
e não devolve
me beija
me prove
me sorve

Lullaby, essa é minha Lua-Lullaby
it's too late to get away or turn on the light
the scorpionman is having you for dinner tonight...

(ouvindo, claro, "Lullaby" - The Cure)

DareDevil, sempre dela, às 17:31

terça-feira, março 30, 2004

E minha linda menina
das asinhas de purpurina
hoje borboleteia
no calor da peleia
dentro dela mesma

E amor
se é pra ter
tem que ser
o maior de todos
pois de nada serve
um amor paliativo

E na tua ausência
eu sofro sim
mas que seja assim
pois não foi Shakespeare que disse
que amor verdadeiro nunca
flui suavemente?

Então deixa doer
o maior dos amores
que essa dor
dói docemente.

DareDevil, sempre dela, às 18:02

segunda-feira, março 29, 2004

Ulisses falou:

-Bem tranquila, Lori, vá bem tranquila. Mas cuidado. É melhor não falar, não me dizer. Há um grande silêncio dentro de mim. E esse silêncio tem sido a fonte de minhas palavras. E do silêncio tem vindo o que é mais precioso que tudo: o próprio silêncio. Por que é que você olha tão demoradamente cada pessoa?

Ela corou:

-Não sabia que você estava me observando. Não é por nada que olho: é que eu gosto de ver as pessoas sendo.

Então estranhou-se a si própria e isso parecia levá-la a uma vertigem. É que ela própria, por estranhar-se, estava sendo.

(...)

— Lóri, disse Ulisses, e de repente pareceu grave embora falasse tranqüilo, Lóri: uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. Foi apesar de que insisti e continuo acreditando. E desde logo desejando você, esse teu corpo irretocável e indiscutível, o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, esperarei quanto tempo for preciso.

(Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres - Clarice Lispector. Levemente modificado)

DareDevil, sempre dela, às 15:44

quinta-feira, março 25, 2004

E a noite tinha sim a sua graça.

Estrelas espaçadas piscavam displicentes
aproveitando a ausência temporária da
grande e majestosa Lua.

Um beijo.
Um carinho no rosto.
Um adeus.

E assim
o grande amor da minha vida se foi.

As nuvens
metódicas, elas,
tomaram os céus.

E a noite perdeu sua graça e seus sons.

Ah sim, faltou.
E faltou o que não foi
e o que foi sem ter acontecido
e mesmo acontecendo
não foi o bastante.
Ah sim, faltou.

(Ven acércate. Ven y abrázame.
Vuelve a sonreír a recordar París,
a ser mi angustia. Déjame pasar una tarde más)

O seu perfume foi
mas ficaram tantas dúvidas...
Me diga, meu amor, mesmo em palavras tortas
qual é o gosto destas minhas lágrimas
Me mostra, seja com mapas ou rabiscos
qual é a intenção e o caráter do destino

(Dime dónde has ido, dónde esperas en silencio amigo
quiero estar contigo y regalarte mi cariño darte un
beso y ver tus ojos disfrutando con los míos,
hasta siempre, adiós mi corazón)

Eu não sei dizer adeus
eu não sei...
não para quem eu amo
verdadeiramente

E penso que deveria deixar de ser prolixo
e ser mais contundente com as minhas vontades
mas Ulisses se torna Lóri
e um outro Ulisses
este imaginário
sussura:
- Agüente.

(Ven, te quiero hablar, vuelve a caminar.
Vamos a jugar al juego en el que tu era mi princesa.
Ven, hazlo por mí, vuelve siempre a mí)

Não sou poeta, você sabe.
E nem tenho pretensão de ser, também sabes.
Não sei como sintetizar
todas as nuances do amor
em simples palavras.
Eu nunca soube.
Se eu disse o que pensava
se eu escrevi o que sentia
foi apenas por ti.
Precisavas, sim,
precisavas me olhar nos olhos agora
para encontrar toda a poesia do mundo
uma vida inteira dentro dessas lágrimas.

Alguma coisa está rasgada em mim
e sangra. E dói.
É a dúvida, minha fada...
Minha Lua, meu amor, me diga...

Amor-bom morre?

(trechos de "Paris" - La Oreja de Van Gogh)

DareDevil, sempre dela, às 22:07

E o menino perguntador
que agora é o menino que
pensa, pensa, pensa
também sabe que no final
vai valer a pena.
Ah sim.
Amar desse jeito
sempre vale a pena.
E quando enfim
as palavras jogadas
se tornarem
a nossa verdade
o menino perguntador-pensador
vai sorrir ao lado de sua fada.
E eles vão andar
de mãos dadas
ou como no meu sonho bobo
simplesmente vão andar
de biclicleta juntos, cantando:

"You are my sunshine, my only sunshine
You make me happy when skies are gray
You never know, dear, how much I love you
So please don't take my sunshine away..."

DareDevil, sempre dela, às 00:23

quarta-feira, março 24, 2004

A menina
com asas-de-purpurina
pairou sobre mim
e me mandou beijos
de cor carmim.

E que faço agora,
minha doce amada,
com essa minha boca
molhada?

DareDevil, sempre dela, às 23:30

Ela se encolhe
carinhosa e carente
bebendo alguma coisa quente
enrolada em seu edredon
e me pede baixinho
me dá teu amor-bom?

DareDevil, sempre dela, às 23:22

Ela vem
e bebe minhas palavras como licor.
Ela vai
e deixa aqui seu perfume de flor.
Boa noite
durma bem, meu grande amor.

DareDevil, sempre dela, às 23:11

E sabe sim
que és preciosa
linda e gloriosa
tal verso e
como prosa
bem sabes
      (e como sabes)
que preciso tanto
desse teu manto
de cabelos castanhos
      que me causa sentimentos
      estranhos e tamanhos
derramados de maneira
inconsequente
displicente
inocente
na mesma cama
em que me ama
e me amarra
com fitas de desejo
      fortemente atadas
      com nós de amor
e me faz sentir dor
que te encho de tesão
na exata proporção
das nossas vontades
      periclitantes
      de amantes
      diamantes
e até mesmo antes
de provar meu gosto
passa a mão no meu rosto
e me beija com carinho
sussura bem baixinho
tuas obscenidades
      escondidas
tuas vontades
      perdidas
teus segredos
      indecifráveis
todos seus medos
      irrecuperáveis
me mostra teu caminho
ou então deixa
que eu descubra sozinho
mas agora
      vem rápido
      não demora
marca meu corpo com batom
e sente o sabor do teu
e só teu
amor-bom.

DareDevil, sempre dela, às 02:36

Ah, minha fada...
fada noturna
que sussura
no meu ouvido
e que me traz
esse sorriso-bom
com gosto de
felicidade...

DareDevil, sempre dela, às 01:27

segunda-feira, março 22, 2004

A fumaça do cigarro
entre aquele menino
e seu monitor
forma nuvens de algodão-doce
como aquelas que aparecem
todos os dias
bem ali em cima
daquela casinha
entre a montanha e o mar.

(vou ter que parar de fumar, pensa.
Ainda bem.)

Na noite alguém dirige
pensando, pensando, pensando
e aquela fileira de luzes
forma um ritmo frio e triste
no pára-brisa.
A mesma luz de Paris
São Paulo, Barcelona
ou até mesmo Nova York
com suas luzes multicoloridas.

(Multicolorido. E aquele menino
pensa que até nisso ela é especial)

A mesma luz
que se transforma
em luz de velas
ofuscadas pela fumaça do incenso
quando você aparece com seu
vestido de malha
sandália de tira
cabelo bagunçado
naquela mesma casinha
entre a montanha e o mar.

(me diz, qual foi o anjo
que desenhou teu sorriso?)

E ela sorri naquela noite fria
e ele sorri nessa noite esfumaçada
sabendo sem saber
o motivo exato.

E às vezes ainda fecham os olhos
quando cantam juntos
e dançam
e se beijam
naquela cama
entre a montanha e o mar.

(e surge a música que ele ouviu a tarde toda...)

"I was so high I did not recognize
the fire burning in her eyes
the chaos that controlled my mind
whispered goodbye as she got on a plane
never to return again
but always in my heart..."

            - This Love - Maroon 5

DareDevil, sempre dela, às 22:19

Tem dias que se arrastam por noites a fio
e por mais que eu tente encontrar palavras
o vento bate forte e as leva de mim.

É o outono, talvez.

E eu leio e releio pequenos fragmentos
daquela menina que já se foi
tantas e tantas vezes
e nas entrelinhas virtuais
reconheço um milhão de sentimentos.

E ela assinou
sem culpa, talvez.
Amando, certamente.
E eu que sou
só um sorriso-bom.

E a menina linda
que fala, pensa, e diz
quero mudar, quero mudar
hoje segura na minha mão
com suas delicadas
mãos de fada
um sorriso no rosto
e um aperto no peito.
que até atrapalha a respiração.

Eu sei, Lua.
Lua do Escorpiano.
Eu sei, porque sou teu
desde aquele momento
em que nunca te vi.

E esse outono vai deixando
o verão mais aconchegante.
E a neve vai sendo apagada
pelas primeiras flores da primavera.

Alguma coisa acontece
com a Lua e sua órbita imprevisível.
O vento sopra forte.
Eu sinto.

Vento que leva minhas palavras pra longe...
pra perto de você.
Vento que te trás mais perto
pra bem mais perto de mim.

Venta... deixa ventar...

DareDevil, sempre dela, às 19:52

sábado, março 20, 2004

Estávamos sentados no chão
encostados na parede
eu com as pernas cruzadas
e você abraçada nas suas
me dizendo que tinha vivido
muita coisa boa
e muita coisa ruim
mas amou tudo que viveu
amou intensamente cada momento
e pensei que então
você também ama
intensamente
todos os momentos
que passa
passou
e vai passar
comigo
e te digo
categorizando
categórico
que você está nas
inesquecíveis
inalcançáveis
incríveis...

Por isso
pega minha mão e corre
porque o avião
já vai partir.

DareDevil, sempre dela, às 20:51

sexta-feira, março 19, 2004

From: "Escorpiano da Lua" < xxxxxx@xxxxxxxx.com >
To: "Lua do Escorpiano" < xxxxxxx@xxxxxxxxx.com >
Subject: Beijos, meu amor...
Date: Fri, 12 Dec 2003 16:31

... muitos beijos...

Você acabou de ir embora e eu continuei aqui, vendo suas fotos. Estou escutando o trecho final de "Ramasutra", bem naquela parte final que se parece com a trilha sonora de um filme de amor. Esse trecho me dá uma paz gostosa de sentir. Esperança, talvez.

Como te prometi, logo que vc saiu eu fechei os olhos por um momento e te beijei. Um beijo carinhoso e apaixonado. Te beijei com minhas mãos no seu rosto. Você me abraçou e eu entrelacei meus dedos nos seus cabelos. E durante esse beijo me passaram pela cabeça memórias de algo que eu nunca vivi. Eu via você correndo com os braços abertos em um campo verde, sorrindo, com árvores ao fundo. Eu vi você no meu colo me olhando com afeto. Eu vi você se despindo pra mim, com um sorriso safado nos lábios. E no meio de tantas visões nós não paramos de nos beijar. O beijo foi contínuo, e minhas memórias passavam por dentro de nós. Foi, talvez, um trailer do filme da nossa vida.

Quando nosso beijo finalmente terminou, você simplesmente se desfez e voltou pra dentro de mim, levanto todas as minhas memórias-de-algo-que-não-aconteceu. E alguma coisa aconteceu dentro do meu coração. Eu ainda não sei o que foi, não consigo identificar todas essas sensações... Só sei que é gostoso sentir isso. Deve ser o amor-bom. Ou o amor-muito-bom.

Te amo, Lua.

DareDevil, sempre dela, às 21:08

Madrugada que avança
o corpo, cansa
mas tua imagem
calma, mansa
me acalma
descansa
e meu teclado é
cama macia
vazia
e essa azia que não vai embora...
não, não chora
vem cá
agora
que não demora
pro sol nascer
aquecer
e morrer pra dar lugar a Lua
que vem nova
que vem nua
como prova da nossa
aliança
com a madrugada
que de novo me alcança
e avança...

DareDevil, sempre dela, às 04:27

quinta-feira, março 18, 2004

Quando abri os olhos você estava lá, docemente enroscada nos lençóis bagunçados. Um oceano de cabelos escorria pelo travesseiro e desaguava perto do meu rosto, trazendo teu doce perfume para perto de mim. Você estava com uma expressão de alegria cansada, iluminada pelos tímidos raios de sol que invadiam em frestas o quarto e repousavam na cama. O barulho era mar. Gaivotas. E só.

Com os olhos fechados pisquei uma, duas vezes. Você continuava lá, pertinho de mim, à distância de um beijo. Como ontem quando apareceu no meio da noite, feito fada, sussurando obscenidades na minha mente. E com um olhar me hipnotiza e paraliza. Esses olhos de magia infinita. E dançou, só pra mim.

Sentado naquele nosso sofá branco, eu assisto enquanto ela desliza na minha frente, sobre pétalas de rosas vermelhas que estão por toda parte. Os sons dos violões e das castanholas parece que fluem dela e eu sinto as notas tocando meu corpo quando ela levanta as mãos acima da cabeça e roda. E dança. Me seduz. Sabe que meus desejos e sentidos são todos por ela. Seus olhos multicoloridos me encaram com carinho e com tesão, e eu derreto por dentro quando ela chega perto de mim.

Você se mexe na cama e eu volto pra minha realidade inventada. Eu não sei onde estamos, mas imagino. Pouco importa se é meu ou teu, importa que tudo tem o nosso cheiro. Cheiro do meu corpo junto com o teu. Teu corpo.. teu corpo... E essa tua expressão calma de agora em nada se parece com teu rosto na noite de ontem enquanto eu te despia com os olhos.

Bem que ela me disse que as dançarinas de flamenco terminam suas apresentações no colo de seus amantes. Só não citou que estaria completamente nua. E ela sabe que eu adoro quando ela agarra meus cabelos e diz autoritária: "Você é meu. E eu, sempre sua". E mergulha sua língua na minha boca sem pudor. Me beija e me morde sem medo de machucar, diz gemendo no meu ouvido que dor de tesão é gostosa.

E naqueles momentos em que o desejo é mais forte que a consciência, lembro que me levantei com ela ainda agarrada em mim e a joguei em cima da mesa. Copos, vasos e garrafas rodopiaram e ganharam o chão. Violeiros imaginários assistem a tudo impassíveis, mas entendem a urgência do momento e tocam com mais força, mais alto. Eu preciso sentir o gosto daquele sexo com a mesma intensidade que ela precisa sentir minha boca. Arqueia o corpo, aperta os seios, morde os lábios...

Me empurra. Seu rosto mistura tesão e sorrisos. Escorrega lânguida e agora de pé, fica de costas pra mim e apóia as mãos na mesa. Arrebita sua bunda e seus olhos me convidam por sobre os ombros. Ela. Você. E te como, segurando firme sua cintura e assistindo seu rebolar sensual. E te fodo, puxando seus cabelos e escutando teus gritos. E te amo, gozando junto com você, com seus seios em minhas mãos.

Não sei onde foi parar a música. Não sei de onde veio essa cama. Olhando agora para esse quarto, não vejo a mesa. Nos nossos sonhos-verdade, ainda somos dominados pela magia. Você acorda do teu sono e a primeira coisa que vê é minha boca. E leva sua mão até ela, pra saber se é real. Teus olhos acompanham o caminho dos teus dedos que acariciam meu rosto. Barulho de mar. Gaivotas. E um sorriso brota dos teus lábios.

DareDevil, sempre dela, às 23:27

Boa noite, meu amor. Boa noite...

Por aqui ficou o teu cheiro
misturado com meu incenso
e essa minha vontade
de você.

E na escuro, sorrio para as estrelas...

DareDevil, sempre dela, às 02:27

Quando teu corpo me envolve
mesmo à distância
e tua alma se une à minha
ainda que por breves momentos
eu sinto o coração perder o passo
e a imagens dos teus olhos castanhos
me toma de assalto

E o mesmo coração
descompassado
sente tesão

E eu te beijo
de longe e de perto
ao mesmo tempo
sem parar de dizer
que eu amo você.

DareDevil, sempre dela, às 02:11

Então agora
esquece a saia rodada
despe teu corpete
e gruda sua pele na minha

Deixa teu cheiro
se misturar no meu
cria nossa química perfeita
sente nossa física mágica

Me usa. Me ama.

DareDevil, sempre dela, às 02:04

E existe tanta coisa
que começa só com teu sorriso.

Vem a música nos teus olhos
tem a rosa vermelha de batom
tem teus dedos domando meus cabelos
e tua unha no meu peito

Sorri pra mim
esse sorriso safado
morde minha boca
e diz sussurando
que sou teu.

Porque comigo
você pode tudo.

DareDevil, sempre dela, às 01:56

Deve ser a noite calma
o céu de estrelas distraídas
o flamenco
e o chocolate branco, geladinho
que estou comendo agora

Ou então, quem sabe
é amor. Dos bons.

DareDevil, sempre dela, às 01:44

Quem já viveu
mais que eu
me diz se existe
algo mais bonito
que o sorriso
de quem se ama

DareDevil, sempre dela, às 01:34

E ela se ajeita na cama
e eu me debruço sobre ela
nos olhos, o brilho de um amor
maior que a distância que os separa

Ajeito seu cobertor (está frio)
beijo seus lábios devagar
sentindo seu cheirinho
de menina

mais um beijinho na testa
um carinho no rosto
durma bem, meu amor
se precisar de mim
estarei aqui
velando teu sono

Sonhe com anjos
anjos lindos.

DareDevil, sempre dela, às 01:26

E na noite
eu escuto um sussurro
bem baixinho
aqui no meu ouvido

é uma fada
me falando de amor

e ela tem
a sua voz doce
com gosto
de sonho-bom

Te amo. Muito.

DareDevil, sempre dela, às 00:58

quarta-feira, março 17, 2004

E é muito trabalho e preocupação
e uma saudade forte e latente
que eu sei que você também sente
não adianta dizer que não

O sol volta a surgir
com seus raios amarelos
pois ontem eu te vi sorrir
e teus sorrisos são os mais belos

Então você aparece novamente
e sorrimos
e sonhamos
e beijamos
e dançamos

Quisera eu poder ter assim
no meio de todos os meus dias
a surpresa da tua presença feliz
que alegra a minha vida

Porque de tudo, tudo és pra mim
em dias quentes e noites frias
você é tudo que eu sempre quis
minha princesa, minha prometida

E volta o pretérito imperfeito
desse amor mais-que-perfeito
que chega a ser trenscedental
como as palavras de Catedral

Depois dessa ventania o temporal
fez da nossa vida um mundo desigual
qual é a tua? o teu segredo?
me diz como eu vou decifrar

Minha verdade é absurda no plural
mas pra mim honestamente isso é normal
na minha onda, teu oceano
me ensina como navegar

Eu amo mais você do que eu

À tardinha as coisas mudam sem parar
e a gente fala muito por falar
mas de repente, a gente sente
que tudo sobrou num olhar

Penso infinitamente sem parar
a verdade é transparente no mirar
da tua retina, minha menina
me diz como não te amar

Eu amo mais você do que eu

E é assim mesmo sem culpa e sem medo
porque é um amor maior do que eu
e gosto de pensar que sou apenas teu
faz de mim teu homem, teu brinquedo

E amor não se escolhe, só se sente
porque não há nada que eu possa fazer
e se fosse me dada a chance de escolher
eu escolheria te amar novamente.

Beijo-te. Transo-te. Amo-te.
De corpo, coração e alma.
Só pra você.
E só você.

(com trechos de "Eu amo mais você", Catedral)

DareDevil, sempre dela, às 14:40

segunda-feira, março 15, 2004

O Começo

A curiosidade inicial começava a ser substituída por um desejo latente. Beijos urgentes, vinho derramado e roupas rasgadas. Se olhavam sempre misteriosos e conscientes. "Não vá se apaixonar por mim", disseram um para o outro, em medido tom de brincadeira. Como se pudessem escolher...

Quando estavam juntos, as horas passavam rápido demais, e certo dia ele não mais se conteve. Precisava dizer uma coisa para ela, mas não conseguia encontrar as palavras certas. Mesmo sem ter certeza do que poderia estar acontecendo com seu coração, ele disse:

        Por quem foi que me trocaram
        Quando estava a olhar pra ti?
        Pousa a tua mão na minha
        E, sem me olhares, sorri.

        Sorri do teu pensamento
        Porque eu só quero pensar
        Que é de mim que ele está feito
        É que tens para mo dar.

        Depois aperta-me a mão
        E vira os olhos a mim...
        Por quem foi que me trocaram
        Quando estás a olhar-me assim? (*)


Nessa confusão de sentimentos e sensações, ele percebeu que os olhinhos dela brilhavam. Foi quando os sorrisos dados sem que se note começaram a ser cultivados pelos dois. Algum tipo de magia (uma magia purpurinada, ele viria a saber depois) pairava no ar. E ela, lânguida, lhe respondeu:

        O AMOR, quando se revela,
        Não se sabe revelar.
        Sabe bem olhar p'ra ela,
        Mas não lhe sabe falar.

        Quem quer dizer o que sente
        Não sabe o que há de dizer.
        Fala: parece que mente...
        Cala: parece esquecer...

        Ah, mas se ela adivinhasse,
        Se pudesse ouvir o olhar,
        E se um olhar lhe bastasse
        P'ra saber que a estão a amar!

        Mas quem sente muito, cala;
        Quem quer dizer quanto sente
        Fica sem alma nem fala,
        Fica só, inteiramente!

        Mas se isto puder contar-lhe
        O que não lhe ouso contar,
        Já não terei que falar-lhe
        Porque lhe estou a falar... (*)

Não era preciso dizer mais nada. Já estavam completamente apaixonados.

(*) Fernando Pessoa

DareDevil, sempre dela, às 17:31

domingo, março 14, 2004

Em dias como esse ele simplesmente não consegue combinar as palavras facilmente. É como se sentisse que precisasse deixar de lado todas as subjetividades e entrelinhas para se entregar inteiramente em um texto que ela possa ler com calma.

Ela senta na cadeira em frente ao micro abraçada às suas próprias pernas. Em uma mão uma caneca de café quente para espantar o frio aprisionado do lado de fora da janela embaçada. Chove nele, chove nela também, nesse Domingo que passa lento ao som de Air e Ketama. Coisas que ele aprendeu a gostar com ela.

E essas notas misturadas com a chuva recriam um mundo perfeito e sem inseguranças. Os olhinhos castanhos dela percorrem ávidos o monitor, talvez com uma certa tristeza. Muitas coisas na cabeça e na vida. Muitas decisões, algumas desilusões. A espera de um sonho que teima em não se realizar. Culpa indevida. Alegrias e tristezas mescladas no caleidoscópio da vida.

No campo das certezas, apenas uma. Em algum lugar do mundo, existe alguém que a ama demais, incondicionalmente, sem pedir absolutamente nada em troca a não ser um sorriso, e um cheiro de vanilla no ar. Porque amor-bom é feito de momentos assim. E o amor dos dois é precioso demais. Indestrutível, talvez. Feito diamantes. Amantes.

E ele sorri para ela. Um sorriso carinhoso. E ela sorri de volta, como sempre faz.

DareDevil, sempre dela, às 19:50

sexta-feira, março 12, 2004

Ela comigo bailava
em uma nuvem com cheiro de mato
feliz e arteira, rodava
afora o não ocorrido, é fato

E girava com extrema leveza
eternizando o tempo num único segundo
espalhando sua infinita beleza
sua purpurina transformando o mundo

E rodando olhava para mim
mulher, menina, criança
a chuva caia suave no jardim
nos olhos, uma esperança

Nos braços tinha uma certeza
girando sempre a sorrir
do amor-bom e sua delicadeza
do sentimento que não se pode fugir.

DareDevil, sempre dela, às 21:22

quinta-feira, março 11, 2004

... e hoje eu estou com vontade de apertar suas bochechas. E te abraçar e te rodar. Dar risada alto. E ameaçar te fazer cócegas para ver você ficar brava comigo. E fazer cócegas. E sentir você bater com os punhos fechados contra meu peito e braços. E te abraçar de novo segurando seus braços. Olhar direto nos seus olhos e ver se sua alma sorri. E te dizer baixinho "obrigado por me mostrar o que é o amor-bom". E beijar sua boca com tanto carinho que nem sei como explicar. E continuar beijando. E beijar mais. E mais.

DareDevil, sempre dela, às 15:45

Trechos pescados de "20 de enero" (La Oreja de Van Gogh)

"...
Quiero estar a tu lado
quiero mirarte y sentir
quiero perderme esperando
quiero quererte o morir
...
Te perdí y no te perderé
nunca más te dejaré
te busqué muy lejos de aquí
te encontré pensando en mí
...
Y en el momento que vi tu mirada buscando mi cara
la madrugada del 20 de enero saliendo del tren
me pregunté que sería sin ti el resto de mi vida
y desde entonces te quiero, te adoro y te vuelvo a querer
..."

... e é incrível como por vezes devemos nos calar perante frases que dizem exatamente aquilo que se passa em nuestro corazón...

DareDevil, sempre dela, às 04:08

terça-feira, março 09, 2004

Houve tempos
em que ver você passar
e sorrir para mim
me bastaria

Houve tempos
em que olhar nos teus olhos
e beijar teus lábios
me bastaria

Houve tempos
em que misturar meu suor com o teu
e produzir um cheiro só nosso
me bastaria

Houve tempos
em que te proteger do mundo
e cuidar de você feito cristal
me bastaria

Houve tempos
em que apenas ter conhecido você
e sentir esse amor-bom
me bastaria

Houve tempos
em que construir meus castelos por você
e viver uma vida inteira juntos
me bastaria

Hoje
não sei o que me basta
só sei que me falta
você.

DareDevil, sempre dela, às 19:22

segunda-feira, março 08, 2004

Não sei como expressar a tua condição maravilhosa de ser mulher. Tenho medo que minhas linhas mal traçadas não dimensionem de forma correta tudo o que você merece. Deixo essa tarefa para quem entende realmente de versos, música e sentimentos. Faço então das palavras de John Lennon minha homenagem para uma mulher que mudou minha vida.

Woman
(John Lennon)

Woman I can hardly express
My mixed emotions at my thoughtlessness
After all I'm forever in your debt
And woman I will try to express
My inner feelings and thankfulness
For showing me the meaning of success

Woman I know you understand
The little child inside of the man
Please remember my life is in your hands
And woman hold me close to your heart
However distant don't keep us apart
After all it is written in the stars

Woman please let me explain
I never meant to cause you sorrow or pain
So let me tell you again and again and again

I love you
Now and forever
I love you
Now and forever
I love you
Now and forever

DareDevil, sempre dela, às 15:15

domingo, março 07, 2004

Supostamente seria mais fácil
ser só teu amigo de fidelidade canina
alguém pra dividir teus problemas
multiplicar teus sorrisos
e subtrair todas as suas lágrimas
quando fosse preciso

Supostamente seria mais fácil
se eu quisesse apenas provar
o gosto da tua boca e língua
pra saber se o sabor do teu beijo
é diretamente proporcional
à beleza dos teus lábios

Supostamente seria muito mais fácil
se eu só quisesse o teu corpo
que fosse uma, duas ou centenas de vezes
só por tesão e momento
sem envolvimento algum

Mas não é nada disso
e é sim, tudo isso junto
uma sobreposição de complexidades
uma mentira de várias verdades
porque nossa realidade inventada
é muito mais bela
do que simples suposições.

DareDevil, sempre dela, às 22:30

sexta-feira, março 05, 2004

E eu queria ser poeta
pra de forma correta
rimar meus dedos
em seus cabelos

E eu queria ser músico
pra te eternizar numa canção
que falasse de paixão
e de amor-bom

E eu queria ser escultor
pra deslizar minhas mãos
pelas suas formas de Vênus

E eu queria ser pintor
pra usar seus olhos
como meus pontos de fuga

E eu queria ser astrônomo
para procurar constelações
nas sardas do teu peito

E eu queria ser inconsequente
e entre um beijo e outro
te dizer insanidades
proibidas

E eu queria se louco
nem que fosse só um pouco
pra te fazer pedidos
outrora impossíveis

E eu queria ser mágico
pra poder parar o tempo
exatamente no momento
em que minha boca tocar a tua

E eu queria ser teu
e sou
e serei
teu amor.

DareDevil, sempre dela, às 13:43

quinta-feira, março 04, 2004

Me abraça
diz que agora é pra sempre
mesmo que não seja verdade

Me toca
e puxa meus cabelos
dizendo que me ama

Me provoca
olhando daquele jeito
que só você sabe

Me sente
toca meus lábios
com seus dedos trêmulos

Me incita
a provar malicioso
o gosto da tua boca

Me beija
sem pensar no mundo
e suas complicações

Me excita
e cola teu corpo
no meu corpo nu

Me olha
e diz que um sonho bom
merece ser realizado

Me diga
que amor-bom
é eterno

Me ame
como se não houvesse o amanhã.

DareDevil, sempre dela, às 19:07

terça-feira, março 02, 2004

Amor bandido
sonho escondido
almas gêmeas
tal e qual

Pierro e Colombina
é nossa sina
nosso carnaval

Saudade e vontade
amor sem maldade
tudo isso é real

Era pra ser de verdade
mas nossa realidade
é só virtual

E desse desencontro
nasceu um conto
sem ponto final

DareDevil, sempre dela, às 20:27

segunda-feira, março 01, 2004

Queria te dar de presente
a poesia mais linda
que alguém já escreveu

Verso de palavra quente
daquela que quando finda
coração parece que derreteu

dou então o que minh'alma sente
e se não acredita ainda
apenas aceite: sou teu.

DareDevil, sempre dela, às 02:00

Você é poesia
você é prosa
roda de samba
quando entrosa

Você é alegria
você é rosa
flor abrindo
toda dengosa

Você é magia
luz que irradia
um sonho de cor

Você é saudade
é minha metade
você, meu amor.

DareDevil, sempre dela, às 00:00

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Algum dia
eu ainda te pego
cheia e linda
100% of full
100% of love
e giro na tua órbita
pra nunca mais
ver teu lado negro,
e iremos interferir
nas marés
e nos amores
desse mundo
tão complicado.

moon phases
 

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